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Festas juninas impulsionam turismo e aquecem economia em Pernambuco

Comércio, serviços e turismo regional devem registrar crescimento expressivo durante o São João 2025, aponta pesquisa da Fecomércio-PE O São João de 2025 promete movimentar a economia pernambucana, com destaque para o turismo regional e o aumento da demanda por bens e serviços relacionados às celebrações juninas. Segundo levantamento da Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, 27,4% dos consumidores planejam viajar no período, sendo que 86,4% optam por destinos dentro do estado. Caruaru aparece como o principal destino (31,9%), seguido por Gravatá (12,1%). Entre os que pretendem viajar para fora do estado, a Paraíba, com destaque para Campina Grande e João Pessoa, lidera as preferências. A pesquisa mostra que as festividades populares seguem como a principal atração: 64% dos entrevistados pretendem participar de eventos públicos, como shows gratuitos e concursos de quadrilhas. Já os eventos privados atraem um público menor (8,3%), enquanto bares e restaurantes devem receber 14,4% dos consumidores. As celebrações domiciliares continuam fortes, com 52,6% das pessoas planejando reunir familiares e amigos em casa. O setor hoteleiro também será impactado, com 5,4% dos consumidores indicando que pretendem se hospedar durante o período. O consumo de bens pessoais também tende a crescer. Mais da metade dos entrevistados (56,1%) pretende fazer compras para o São João, com foco em roupas (43%), calçados (21,5%) e órios (20,7%). O ticket médio estimado é de R$ 225 por pessoa. Em relação à alimentação fora do lar, o gasto previsto é de R$ 207 por consumidor. Nos pagamentos, o cartão de crédito lidera como forma preferida (46,4%), seguido pelo PIX (37,1%). O setor empresarial também se prepara para o aumento da demanda. A pesquisa aponta que 12,5% dos lojistas do varejo planejam contratar trabalhadores temporários para o período. No setor de alimentação, o número sobe para 15%, com destaque para os estabelecimentos tradicionais (18,8%). Já nos shopping centers, a expectativa de contratação é mais modesta, com apenas 5,4%. Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, “as festas juninas têm um papel essencial no fortalecimento do nosso setor de comércio, serviços e turismo”. Já o economista Rafael Lima destaca o papel estratégico do turismo regional: “A data se consolida não apenas pelo volume de consumo, mas também pela mobilidade dos consumidores dentro do estado”. A expectativa é de crescimento de 13,5% nas vendas do varejo e de 10,9% no setor de alimentação durante o São João 2025.

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Liderança feminina em tempos de cuidado: a hora das mulheres

*Por Luciana Almeida No mundo pós-pandemia, algo profundo mudou: o ato de cuidar ou a ocupar um lugar central nas discussões sociais, políticas e organizacionais. Essa transformação, longe de ser apenas simbólica, tem se refletido diretamente nas exigências do mundo do trabalho. O aumento expressivo dos índices de adoecimento mental e do afastamento por questões emocionais nas empresas brasileiras é apenas um dos muitos sinais de que o cuidado – com as pessoas, com os vínculos, com o ambiente – tornou-se uma necessidade estratégica. Foi diante desse cenário que a socióloga Débora Diniz afirmou: “Chegou a hora das mulheres.” Mas o que exatamente ela quis dizer com isso? Historicamente, às mulheres foi atribuído o papel social do cuidado. Desde muito cedo, meninas são educadas para assumir responsabilidades emocionais e práticas dentro da família: cuidar dos irmãos, da casa, dos idosos, dos sentimentos dos outros. Esse padrão se estende ao ambiente profissional onde, não raramente, as mulheres são associadas a funções de apoio, escuta, acolhimento, organização e articulação – habilidades muitas vezes invisibilizadas, mas essenciais para a saúde de qualquer ambiente de trabalho. Dados recentes reforçam essa realidade: entre meninas de 14 a 21 anos, 84% já assumem algum tipo de responsabilidade de cuidado dentro da família (dados da ONG Plan International Brasil, 2023). Essas experiências geram impactos profundos. Ao longo da vida, essas mulheres desenvolvem competências emocionais e sociais que hoje são cada vez mais valorizadas dentro das organizações: sensibilidade, empatia, flexibilidade, construção de vínculos. Pesquisas apontam que, comparadas aos homens, mulheres tendem a priorizar mais o coletivo e o bem-estar do outro, enquanto os homens são educados a pensar em performance individual e resolução racional de problemas. Essa diferenciação – ainda que atravessada por estereótipos de gênero – não pode ser ignorada quando falamos de inteligência emocional, uma das habilidades mais desejadas no mercado de trabalho contemporâneo. Hoje, falar em saúde mental nas empresas vai além de oferecer planos com psicólogos, gincanas corporativas ou ergonomia. Nada disso será eficaz se os relacionamentos dentro das equipes estiverem adoecidos. E é aqui que o cuidado – historicamente desprezado como “habilidade feminina” – se revela essencial para o futuro do trabalho. Saber cuidar ou a ser uma competência de liderança. E as mulheres, por sua trajetória e socialização, chegam neste momento com uma bagagem poderosa, forjada em desafios muitas vezes invisíveis. Reconhecer e valorizar essa presença feminina em cargos de liderança é mais do que uma questão de equidade de gênero: é uma resposta inteligente a um novo tempo, quando resultados e relações caminham juntos. Se antes cuidar era visto como algo secundário, hoje é, sem dúvida, estratégico. E talvez por isso, como disse Débora Diniz, esta seja mesmo a hora das mulheres. *Luciana Almeida é consultora e sócia da TGI

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BNB amplia crédito e lança novas soluções para o agronegócio

Anúncios foram feitos durante a Bahia Farm Show, com foco em ampliar o ao financiamento e modernizar o setor (Foto: Paulo Eduardo Oliveira) O Banco do Nordeste (BNB) anunciou nesta quarta-feira (11), durante a Bahia Farm Show, um pacote de ações estratégicas para impulsionar o agronegócio em sua área de atuação, que inclui os nove estados nordestinos, além de parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. As medidas foram detalhadas pelo presidente da instituição, Paulo Câmara, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Luiz Eduardo Magalhães (BA). Entre as novidades, destaca-se o aumento do limite do Cartão BNB, que a de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões, além da criação de uma central de análise de crédito exclusiva para o setor agropecuário. “Estamos seguindo a orientação do presidente Lula que é de ampliar o apoio às atividades produtivas e o Agronegócio é um dos principais setores da nossa economia. Devemos financiar mais de R$ 11 bilhões para a agricultura empresarial no Plano Safra 25/26, 15% a mais do que no exercício anterior”, afirmou Paulo Câmara. O banco também lançou o Giro Flash Agro, linha de crédito com capital de giro e contratação simplificada, voltada especialmente para produtores do agronegócio, com crédito pré-aprovado. “O Giro Flash Agro é uma resposta a um setor que opera com alta tecnologia e precisa de crédito rápido, confiável e personalizado. Estamos reforçando nossa atuação com produtos sob medida para o agronegócio”, destacou Pedro Lima Neto, superintendente estadual do BNB na Bahia. Até o momento, o BNB já movimentou na edição atual da feira o mesmo volume de negócios registrado no evento do ano anterior, quando contratou R$ 280 milhões. A expectativa da instituição é alcançar até sábado um crescimento de 50% em relação a 2024, impulsionada pelas novas soluções apresentadas.

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Executivos brasileiros apontam cultura e liderança como entraves à alta performance

Pesquisa inédita da Amcham Brasil com 765 executivos revela urgência em repensar a preparação das lideranças empresariais A Amcham Brasil apresentou no Recife, durante o CEO Fórum, os resultados da pesquisa Panorama Lideranças 2025, desenvolvida em parceria com a consultoria Humanizadas. O estudo, que ouviu 765 executivos de todo o país — a maioria em cargos de alta liderança —, traz um diagnóstico aprofundado sobre os obstáculos enfrentados pelas empresas brasileiras para alcançar e sustentar alta performance em um cenário cada vez mais complexo e dinâmico. O levantamento revela que 82% das empresas ainda avaliam sua performance com base apenas em resultados financeiros, ignorando dimensões como inovação, clima organizacional e reputação. Para os líderes ouvidos, os principais fatores críticos para um desempenho superior são: liderança preparada (68%), foco estratégico (64%) e cultura organizacional alinhada (63%). A pesquisa aponta ainda que a falta de preparo das lideranças impacta diretamente os resultados: 72% dos entrevistados citam baixo engajamento das equipes, 68% apontam perda silenciosa de talentos e 61% destacam decisões estratégicas frágeis como efeitos colaterais. Nesse contexto, o desenvolvimento de líderes e equipes aparece como a prioridade número um, superando até mesmo a digitalização e a modernização tecnológica. Outro dado relevante é o descomo entre o estilo de liderança atual e o desejado. Enquanto predomina um perfil operacional, centrado em metas, o ideal identificado é o de uma liderança mais humana, estratégica, inovadora e com domínio de dados — inclusive de inteligência artificial — capaz de gerar impacto positivo de longo prazo. Serviço📊 e o conteúdo completo da pesquisa Panorama Lideranças 2025: https://lnkd.in/d9BVxg6R📎 Realização: Amcham Brasil e Humanizadas

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Caatinga e Inovação: soluções do semiárido brasileiro para o mundo

Pesquisas, tecnologias e saberes populares transformam o semiárido nordestino em referência de bioeconomia e regeneração ambiental. *Por Rafael Dantas O semiárido brasileiro, um dos mais populosos do mundo, guarda riquezas que vão muito além da resiliência de sua população. Pesquisas científicas e projetos voltados à tecnologia e ao empreendedorismo têm revelado o grande potencial da Caatinga, com destaque para produtos de alto valor agregado. Estão em desenvolvimento ferramentas que aumentam a produtividade e a resistência das atividades econômicas frente às altas temperaturas do Agreste e do Sertão – soluções que também podem beneficiar outras regiões semiáridas do planeta, igualmente impactadas pelas mudanças climáticas. As inovações que brotam do solo do semiárido têm origem em universidades, empresas e ONGs que, em articulação com as comunidades locais, vêm gerando renda, serviços ambientais regenerativos e produtos diversos – alimentares, agrícolas, cosméticos, entre outros. Instituições como a Embrapa, o Cetene, o ITCBio, o Sebrae e o Lab Bacia do São Francisco têm sido o berço ou estruturas de incentivo para os projetos que reconhecem os valores e os potenciais da Caatinga. “A Caatinga não é só um bioma a ser conservado. É também uma fonte de riqueza e de conhecimento tradicional que precisa ser valorizado”, afirmou Geraldo Eugênio, professor de agricultura e biodiversidade da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) em Serra Talhada. O docente destaca com frequência que as plantas da Caatinga, adaptadas à seca e ao calor, carregam genes valiosos para a agricultura global frente ao atual contexto das mudanças climáticas.  “A Caatinga não é só um bioma a ser conservado. É também uma fonte de riqueza e de conhecimento tradicional que precisa ser valorizado” - Geraldo Eugênio Geraldo Eugênio sugere que essa riqueza genética deveria ser base de uma política nacional de valorização da Caatinga, com benefícios diretos para as populações locais. Entre as iniciativas em andamento, ele destaca que há inovações consolidadas, como o desenvolvimento da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, o uso de tecnologias de captação e armazenamento de água, como as cisternas de 16 mil litros e 52 mil litros, além da organização de atividades como apicultura e meliponicultura.  “O mel produzido pelas abelhas nativas da Caatinga, por exemplo, tem um sabor e características únicas que podem agregar valor no mercado local e nacional. A meliponicultura é uma atividade tradicional que está ganhando espaço como uma alternativa sustentável para pequenos produtores, contribuindo para a geração de renda e preservação ambiental. Investir nesse segmento é também investir na bioeconomia da Caatinga, fortalecendo a economia local e incentivando o manejo responsável dos recursos naturais”, destacou Geraldo Eugenio. A produção de mel da Caatinga vem conquistando cada vez mais espaço na agenda da bioeconomia em Pernambuco. Em novembro, o Estado sediará a edição 2025 do Biomel PE (Encontro de Bioeconomia do Mel de Pernambuco), conduzido pelo ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis). Com foco na qualificação da cadeia produtiva, o evento reunirá especialistas, apicultores e gestores públicos para fortalecer a apicultura no semiárido e ampliar o valor agregado do mel produzido na região. NOVAS FRENTES DA EMBRAPA "O inoculante Auras, desenvolvido a partir de uma bactéria isolada da raiz do mandacaru, é utilizado em culturas como milho e soja. Ele coloniza a superfície da raiz e produz um gel que protege contra a seca, além de estimular o crescimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes". - Carlos Gava Com uma vasta história na produção e no desenvolvimento da fruticultura irrigada, a Embrapa Semiárido tem ampliado sua atuação para novas áreas, explorando o potencial da biodiversidade local. O pesquisador Carlos Gava explica que a instituição tem desenvolvido tecnologias a partir de plantas e microrganismos nativos, com foco na inclusão produtiva de pequenos agricultores. “Trabalhamos com plantas adaptadas à seca, e nosso objetivo é agregar valor a elas, sem promover o extrativismo predatório”, destaca. Na área de recursos naturais, uma das principais linhas de pesquisa se concentra no uso sustentável da Caatinga e na criação de novos produtos. Um dos focos é a prospecção de fungos e bactérias com potencial para promover o crescimento vegetal ou atuar no controle biológico de pragas. Isso porque, além de abrigar plantas adaptadas às condições extremas, o semiárido também é rico em microrganismos capazes de favorecer o desenvolvimento das culturas. Bactérias e fungos que evoluíram nesse ambiente desafiador servem de base para inoculantes agrícolas – produtos que estimulam o crescimento das plantas e aumentam sua tolerância à seca.  Um exemplo é o inoculante Auras, desenvolvido a partir de uma bactéria isolada da raiz do mandacaru. “Ela coloniza a superfície da raiz e produz um gel que protege contra a seca, além de estimular o crescimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes”, explica Carlos Gava. Atualmente, esse produto é utilizado em culturas como milho e soja. Outra vertente promissora são os estudos com óleos essenciais extraídos de espécies da Caatinga, com aplicações potenciais com bioinsumos (na agropecuária) e nas indústrias farmacêutica e de cosméticos. As pesquisas com o alecrim-do-mato, lideradas pela pesquisadora Ana Valéria Vieira de Souza, apontam para a criação de produtos com alto valor agregado e há grandes empresas interessadas em parcerias para incorporar os extratos em seus produtos. A Embrapa atualmente já consegue domesticar essa planta, extrai o óleo das folhas e desenvolve pesquisas para comprovar esses potenciais. Os frutos nativos da Caatinga, como o umbu e o maracujá do mato, também são objeto de pesquisas que buscam agregar valor e diversificar os usos. Gava conta que a instituição desenvolveu a variedade BRS Sertão Forte de maracujá da Caatinga, além de quatro tipos de umbuzeiro – dois voltados para o processamento industrial e dois para o consumo in natura, como o umbu gigante, do tamanho de uma pequena maçã. Há ainda estudos que exploram o uso desses frutos em produtos inovadores, como vinhos e espumantes. COOPERATIVA DO OURICURI Uma organização de base social e popular, lançada nesta semana, foi a primeira cooperativa de mulheres quebradeiras de coco ouricuri do Vale do Catimbau. O licuri (que é mais

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Suape receberá investimento de R$ 2 bilhões para produção de e-metanol

Nova fábrica da GoVerde será voltada à exportação de combustível verde para os setores naval e aéreo O Complexo Industrial Portuário de Suape receberá, a partir de 2026, uma nova planta industrial voltada à produção de e-metanol com base em hidrogênio verde. O empreendimento será implantado pela GoVerde Holding S.A., que assinou contrato com o governo estadual prevendo um investimento inicial de R$ 2 bilhões. A unidade ocupará uma área de 10 hectares, com possibilidade de expansão para até 30 hectares, e deve gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos durante o período de obras. O projeto foi viabilizado por meio de um certame público em que a GoVerde foi a única proponente. A homologação do processo e a do contrato de arrendamento foram realizadas entre os dias 6 e 9 de junho. A planta terá capacidade inicial de produção de 300 toneladas diárias de e-metanol, com operação prevista entre 2027 e 2028. O plano é expandir essa produção para 900 toneladas por dia até 2032. O contrato tem vigência de 12 anos, renovável, com arrendamento mensal de R$ 122 mil. “Nós estamos assinando, hoje, contrato que autoriza a instalação de uma planta de e-metanol no Complexo de Suape, um investimento da ordem de R$ 2 bilhões que está sendo feito pela empresa GoVerde. Com essa novidade, nós garantimos que Pernambuco cresça de forma sustentável, por meio da economia verde. Ninguém faz nada sozinho, trabalhando juntos vamos fazer nosso Estado se desenvolver sem deixar ninguém para trás”, afirmou a governadora. A localização estratégica de Suape torna o projeto atraente para exportações, especialmente para Europa e América do Norte, com foco na indústria naval e na aviação. “Este megaprojeto é fruto da proatividade do governo Raquel Lyra e do time de Suape, posicionando nosso complexo entre os primeiros da América Latina com projetos estruturados para e-metanol”, destacou Armando Monteiro Bisneto, diretor-presidente de Suape. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico também reforçou o papel do porto como polo sustentável. O CEO da GoVerde, Ricardo Junqueira, destacou o potencial transformador do projeto: “Trata-se de um projeto industrial transformador para Pernambuco e para o Brasil. O e-metanol é uma das soluções mais concretas para descarbonização imediata do transporte marítimo global”. O combustível será produzido a partir de hidrogênio verde e CO₂ biogênico, com impactos positivos na transição energética e na inserção do Brasil na rota internacional de descarbonização.

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Mercado eleva previsão de crescimento da economia para 2,18% em 2025

Boletim Focus também aponta queda na estimativa de inflação, que segue acima do teto da meta estabelecida pelo BC O mercado financeiro voltou a revisar para cima a projeção de crescimento da economia brasileira em 2025. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9), a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) ou de 2,13% para 2,18%. A alta acompanha o bom desempenho do primeiro trimestre, puxado pela agropecuária, que levou o PIB a crescer 1,4%, conforme dados do IBGE. Já a estimativa para o IPCA, indicador oficial da inflação, caiu levemente de 5,46% para 5,44%. Ainda assim, permanece acima do teto da meta do Banco Central, fixada em 4,5%. No acumulado de 12 meses até abril, a inflação está em 5,53%, pressionada principalmente pelo aumento nos preços de alimentos e medicamentos. A taxa Selic, principal instrumento de controle da inflação, está em 14,75% ao ano após seis altas consecutivas. O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda não sinalizou os próximos os, mas indicou que a elevada incerteza exigirá prudência. O mercado projeta que a taxa se mantenha nesse patamar até o fim de 2025, caindo para 12,5% em 2026. Para os anos seguintes, a previsão é de um crescimento moderado: 2% ao ano em 2027 e 2028. A combinação entre juros altos, inflação persistente e dólar em alta — estimado em R$ 5,80 no fim de 2025 — deve seguir desafiando o desempenho da economia brasileira.

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Criatividade Algorítmica: quando a máquina cria com a gente

A inteligência artificial como nova parceira na arte e na criação, desafiando nossos limites e redefinindo o que entendemos por criatividade. *Por Rafael Toscano Por muito tempo, a criatividade foi considerada um dom exclusivamente humano — algo que brota da alma, da experiência e da emoção. Pintar um quadro, compor uma sinfonia, escrever um poema: todas essas expressões pareciam exigir um tipo de sensibilidade que máquinas jamais alcançariam. Mas e se estivermos vivendo um momento em que essa ideia está sendo questionada? Com o avanço da inteligência artificial, surgiram algoritmos capazes de criar imagens, músicas, histórias e até peças de teatro. Eles não apenas repetem padrões; eles inovam. Pintam no estilo de Van Gogh, compõem no estilo de Beethoven e escrevem como Shakespeare. Mas o que isso significa? A máquina está, de fato, criando? Ou estamos apenas vendo reflexos de nossa própria criatividade? É aqui que o conceito de criatividade algorítmica entra em cena. Em vez de imaginar a IA como substituta do artista, podemos vê-la como parceira. Um pincel novo. Um instrumento que amplia nossas capacidades, desafia nossas ideias e abre novas portas para a imaginação. Quando usamos o Google Arts & Culture para transformar uma selfie em uma obra de arte barroca, não estamos apenas clicando em um botão. Estamos interagindo com um sistema que aprendeu, com milhões de obras humanas, a reinterpretar o belo. Esse tipo de colaboração acontece também na música. Compositores já usam IA para sugerir melodias, criar harmonias e até improvisar solos. AIVA, por exemplo, é uma inteligência artificial treinada com milhares de partituras. Ela pode compor trilhas sonoras completas, e muitos ouvintes sequer percebem que estão escutando algo criado por uma máquina. Nesse caso, quem é o artista? O algoritmo? O programador? Ou o humano que escolheu as notas certas? A literatura também entrou nessa dança. Modelos como o GPT (o mesmo que dá voz a esta conversa) são capazes de escrever contos, poemas e ensaios com fluidez impressionante. Eles aprendem com bilhões de palavras escritas por humanos, absorvendo estilos, estruturas narrativas e referências culturais. Ainda assim, falta-lhes algo essencial: intenção. Eles não têm desejo, nem propósito. Criam porque foram programados para isso, não porque têm algo a dizer. E isso nos leva a uma pergunta essencial: o que define a verdadeira criatividade? É a originalidade? A emoção? A intenção? Quando uma máquina cria, ela está expressando algo — ou apenas simulando expressão? Talvez a resposta não seja simples. Talvez a IA esteja nos forçando a expandir nossa definição de criatividade, incorporando novas formas de colaboração e inspiração. Mais do que substituir artistas, a IA está ajudando a criar experiências artísticas inéditas. Em instalações imersivas, algoritmos interagem com o público em tempo real, moldando luzes, sons e movimentos com base nas reações das pessoas. Em ambientes virtuais, espectadores tornam-se protagonistas, moldando narrativas com a ajuda de sistemas inteligentes. O palco da arte está se expandindo — e o público também. Mas essa revolução traz desafios. Quem assina a obra? Quem é o autor? Quando uma IA cria uma pintura vendida por milhares de dólares, como aconteceu com o retrato gerado por uma GAN (rede adversarial generativa), o que estamos comprando: a arte ou o conceito? O talento ou a tecnologia? Além disso, há o risco da homogeneização. Se todas as IAs forem treinadas com os mesmos dados, será que elas acabarão criando versões ligeiramente diferentes das mesmas ideias? Como garantir diversidade e autenticidade num cenário onde tudo pode ser replicado em segundos? Apesar desses dilemas, uma coisa é certa: estamos diante de uma nova era da criatividade. Uma era em que humanos e máquinas podem criar juntos — não como competidores, mas como parceiros. A IA, nesse contexto, não rouba a cena; ela amplia o palco. Ao final, talvez a pergunta mais importante não seja se a IA pode criar, mas sim como nós, humanos, escolhemos usar essa nova ferramenta criativa. O que queremos expressar com ela? Que histórias queremos contar? Que sentimentos queremos provocar? A criatividade algorítmica é um espelho — não de quem somos apenas como indivíduos, mas do que podemos ser como espécie quando unimos razão e sensibilidade, tecnologia e arte, máquina e humanidade. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de nistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Recife firma parceria com Câmara Árabe para ampliar comércio internacional

Termo de cooperação será assinado durante seminário sobre oportunidades econômicas com países árabes A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, assina nesta quinta-feira (5) um termo de cooperação técnica com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A iniciativa será oficializada durante o Seminário Países Árabes – Conectando Pernambuco às Oportunidades Internacionais, promovido pela FIEPE no auditório da instituição, com foco em ampliar os laços comerciais entre a capital pernambucana e o mundo árabe. Segundo o secretário Carlos Andrade Lima, o acordo é resultado de articulações iniciadas em 2022 e coordenadas pelo Investe Recife, unidade da prefeitura voltada à captação de investimentos. “A deste termo de cooperação consolida os interesses comerciais mútuos e abre portas para a realização de feiras e eventos em geral, por exemplo. Estreitar essas relações comerciais significa diversificação tanto para a economia do Recife como para os empresários de origem árabe, ampliando nossas fronteiras de comercialização”, afirmou. O seminário contará com painéis dedicados à cultura de negócios dos países árabes, mercados islâmicos e oportunidades econômicas com foco regional. A proposta é criar um ambiente de troca e conexão entre investidores, empresários e autoridades, destacando o potencial de Pernambuco como parceiro estratégico no cenário internacional. Dados de 2024 da Câmara Árabe revelam que o Nordeste exporta US$ 874,6 milhões para países como Egito e Argélia, com produtos como açúcar e milho. No sentido inverso, a região importa fertilizantes, movimentando mais de US$ 2,1 bilhões. Especificamente em Pernambuco, o volume de exportações para Tunísia, Líbia e Mauritânia chegou a US$ 93,74 milhões — crescimento de 69,4% em relação ao ano anterior.

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Videoporto estreia na Bahia com mídia digital de alto impacto em rodovias

Empresa pernambucana instala Submarinos Digitais em praças de pedágio da Região Metropolitana de Salvador e mira visibilidade massiva para marcas A Videoporto, empresas pernambucana do setor de mídia exterior digital, chegou à Bahia com uma operação de grande porte. A companhia instalou 20 painéis digitais de alta definição — os chamados Submarinos Digitais — nas praças de pedágio P4 e P5 da Rodovia Bahia Norte, que conecta o trecho entre o CIA-Aeroporto e a Via Parafuso, em Salvador. A nova operação insere a empresa em um dos corredores rodoviários mais movimentados do estado. Com impacto estimado em mais de 3,5 milhões de pessoas por mês, os painéis foram posicionados para oferecer visibilidade expressiva a marcas que desejam ampliar sua presença no cotidiano do público. A tecnologia aplicada alia alta performance visual à sustentabilidade, por meio de consumo consciente de energia. A mesma lógica já norteia outras iniciativas da Videoporto, como o Smartlet, mobiliário urbano inteligente desenvolvido pela empresa. A chegada a Salvador marca um o estratégico para a expansão da Videoporto no Brasil, consolidando sua atuação em quatro estados e em Fernando de Noronha. “Estar presente em uma capital tão vibrante e estratégica como Salvador reforça nosso compromisso de oferecer soluções de mídia exterior que combinam inovação, visibilidade e sustentabilidade. A Bahia é um polo econômico e cultural fundamental, e nossos Submarinos Digitais nas rodovias mais movimentadas da região metropolitana serão uma ferramenta poderosa para marcas que buscam impacto real e conexão com o público”, afirma Fernando Carvalho, sócio-diretor da empresa.

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